O ENSINO DAS PRÁTICAS CORPORAIS INDÍGENAS NA ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA DE ENSINO MÉDIO CAIEIRAS VELHA-ES
Nome: ANTÔNIO MARCOS FERREIRA DA SILVA
Data de publicação: 03/09/2024
Orientador:
Nome | Papel |
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ANDREA BRANDAO LOCATELLI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANDREA BRANDAO LOCATELLI | Presidente |
MARINA RODRIGUES MIRANDA | Examinador Interno |
MURILO EDUARDO DOS SANTOS NAZARIO | Examinador Externo |
WAGNER DOS SANTOS | Examinador Externo |
Resumo: As práticas corporais indígenas são milenares e constituem o patrimônio imaterial e identidade cultural de um povo. O estudo foi desenvolvido na Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Caieiras Velha em Aracruz no Espírito Santo. As práticas corporais expressam identidades e possuem significados e sentidos, o que justifica a necessidade de compreendê-las. Por ser uma pesquisa qualitativa, o seu desenvolvimento se deu através do estudo empírico, análise documental de documentos escolares e rodas de conversas e dos diálogos. A partir de uma perspectiva pós-crítica decolonial/ contra colonial a pesquisa dialoga com a realidade e o contexto indígena com muitas vozes (autores- indígenas, pesquisadores e autores). Esse dialogo intercultural possibilitou o desenvolvimento de uma pesquisa (proposta) colaborativa onde os pesquisadores (professores, alunos, comunidade, referenciais e autores) pudessem compartilhar suas experiências e saberes relacionados às práticas corporais. Para tanto, selecionei autores ligados a educação e a Educação Física como Grando (2004), Neira (2019), Neira (2019), Baniwa (2019) e Tardif (2002). O estudo refletiu sobre as questões referentes ao ensino, versando sobre a formação do professor, apontando a necessidade de formação continuada especifica, mostrando os desafios e as abordagens e metodologias utilizadas; o papel da escola, tanto no fortalecimento quanto manutenção das práticas corporais. Considerada como ponto de encontro e saberes e culturas, a escola é descrita como potencializadora dos anseios e das lutas dos povos indígenas, embora o ensino mostra-se insuficiente para ampliação e aprofundamento do conhecimento e descontinuidade dos processos de ensino da cultura indígena e tupiniquim no ambiente escolar. São capítulos de histórias, saberes e descobertas, revelados e compartilhados pelos próprios indígenas, mostrado pelo modo de sentir, fazer e viver.