ENTRE ANGÚSTIAS E DESAFIOS DE PROFESSORES DE ESTUDANTES COM
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: UMA POSSIBILIDADE DE ALFABETIZAÇÃO A
PARTIR DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Nome: RONISE STELA MOLINA GRASSI

Data de publicação: 22/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
RITA DE CASSIA CRISTOFOLETI Orientador

Resumo: A pesquisa intitulada “Entre angústias e desafios de professores de estudantes com deficiência intelectual: uma possibilidade de alfabetização a partir da sequência didática” traz uma análise de como se configuram as práticas de alfabetização de
professores do Ensino Fundamental Anos Finais (6º ao 9º), na área da deficiência intelectual, em uma escola estadual no âmbito da SRE Linhares-ES. O trabalho investiga se a sequência didática com foco em atividades de alfabetização produzidas coletivamente pelos professores, vinculadas às suas práticas cotidianas, contribui para a aprendizagem dos estudantes da Educação Especial, sobretudo daqueles com deficiência intelectual, possibilitando o avanço de suas capacidades cognitivas e sociais. Metodologicamente, para fomentar discussões teóricas e embasar as análises, a pesquisa fundamenta-se na perspectiva histórico-cultural defendida por Vigotski (1998, 2000, 2011 e 2012) e autores que discutem o campo da deficiência ancorados nessa abordagem, como Góes (2002) e Oliveira (1997). Para aprofundar as discussões em torno de Alfabetização e Linguagem, no contexto da pesquisa, buscamos suporte teórico em Bakhtin (2004 e 2011); Geraldi (1984,1997 e 2010); Antunes (2003); Cagliari (2005) e pesquisadores com foco em estudos de sequência didática como Dolz; Noverraz; Schneuwly (2004), Rojo (2013) e Zabala (1998). Com base nas discussões geradas por esses aportes teóricos e pelo campo de pesquisa investigado, verificamos que a sequência didática é um caminho alternativo para a
alfabetização de estudantes com deficiência intelectual. Permite articular atividades de leitura e escrita, sendo o texto o objeto de ensino e a linguagem entendida numa perspectiva de interação verbal. Por outro lado, entendemos que, se pensado com foco maior na decifração dos códigos linguísticos, não estabelece uma relação interlocutiva, desconsiderando o processo dialógico da linguagem que somente tem sentido dentro do texto. Portanto, planejar estratégias de alfabetização diferenciadas e contextualizadas para estudantes com deficiência intelectual é um grande desafio às práticas e ações docentes na atual configuração escolar, o que exige o comprometimento de todos os envolvidos e uma formação especial mais sólida dada a importância e complexidade do seu trabalho.

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