A TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: SABERES DOCENTES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Nome: OTÍLIA MARTINS DE MAGALHÃES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/03/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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RITA DE CASSIA CRISTOFOLETI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANA NERY FURLAN MENDES | Examinador Interno |
RITA DE CASSIA CRISTOFOLETI | Orientador |
SARAH DE OLIVEIRA LOLLATO | Examinador Externo |
Resumo: Ao atuar na coordenação municipal da Educação Especial e acompanhar as
dificuldades apresentadas pelos alunos do Ensino Fundamental, principalmente
alunos com deficiência intelectual, manifestou em mim o interesse em investigar: Quais mudanças os recursos de Tecnologia Assistiva propiciam em favor da aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual? A partir desse
questionamento, realizou-se a pesquisa cujo objetivo foi o de analisar como o uso da Tecnologia Assistiva é inserido como prática cotidiana no processo de ensino aprendizagem aos alunos com deficiência intelectual de uma escola dos anos finais do Ensino Fundamental de Pedro Canário, ES. O estudo se caracteriza como uma pesquisa participante de cunho qualitativo, delineado por meio de grupo focal, observações em sala de aula, nas aulas de Língua Portuguesa e Matemática, focalizando o aluno com deficiência intelectual e análise de documentos oficiais. O referencial teórico e metodológico tem embasamento na abordagem histórico-cultural de desenvolvimento humano elaborada por Vigotski (1991, 2000, 2001, 2008, 2011). Seus estudos entre a década de 1924 a 1934 sinalizavam uma modificação na forma de compreensão da deficiência, com o intuito de livrar a criança do viés biologizante da aprendizagem e consequentemente desenvolver suas potencialidades. Nesse pressuposto, sugere-se que o entrelaçamento dos campos da Tecnologia Assistiva com a deficiência intelectual, se planejado pelos professores e adequada às necessidades de aprendizagem dos alunos, possibilita avanços nos processos de desenvolvimento de suas potencialidades. Percebe-se que este é um caminho pouco discutido, mas com grande relevância e muitas contribuições. Deste modo, o uso da Tecnologia Assistiva na atualidade está associado ao que Vigotski (2011), dizia sobre
os caminhos indiretos, tão necessários na vida de uma criança comprometida com algum déficit, ao encontrar alguma dificuldade, busca uma via alternativa para vencer os obstáculos, propondo modificações, tal como um currículo acessível para a construção de uma educação de fato equânime.