A produção textual no processo de aprendizagem da língua escrita: Práticas docentes em uma turma de Alfabetização
Nome: LAINY MARTINELLI DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/03/2020
Orientador:
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Papel |
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ZÁIRA BOMFANTE DOS SANTOS | Orientador |
Banca:
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Papel |
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CLARICE LAGE GUALBERTO | Examinador Externo |
RITA DE CASSIA CRISTOFOLETI | Examinador Interno |
ZÁIRA BOMFANTE DOS SANTOS | Orientador |
Resumo: O presente trabalho objetivou compreender os modos com os quais as crianças, em processo de Alfabetização, são oportunizadas a produzirem textos, mesmo sem terem aprendido todo o código linguístico alfabético. Trata-se de um estudo que foi realizado em uma escola pública de Ensino Fundamental, no município de São Gabriel da Palha, tendo como metodologia a Pesquisa Participante Colaborativa. Os pressupostos da Perspectiva Histórico-Cultural nos ajudaram a compreender o desenvolvimento do aluno como sujeito social e cultural, analisando a forma como este se apropria dos conhecimentos historicamente produzidos. Nos apoiamos em Bakhtin (1981, 1997), Kress (1997, 2008, 2015, 2018) e Geraldi (2003) para discutir sobre o conceito de Linguagem dialógica e interacional, assim como a noção de texto, fruto da comunicação entre sujeitos em um dado contexto social, produzido por variados modos e recursos semióticos. A metodologia baseou-se em um paradigma qualitativo em que realizamos observação participante, contando com o auxílio de diário de campo, gravações em áudio, fotografia das produções dos alunos, assim como realização de entrevista com a professora regente. Compreendeu-se que os alunos, ao produzirem textos, utilizam diversos modos semióticos na tentativa de proferir seus discursos, expondo seus interesses e pontos de vista sobre determinados assuntos. Isto só foi possível, pois, por meio das práticas docentes, foram oportunizados a produzirem coletivamente, em duplas, individual, com letras, imagens, desenhos. Os resultados apontam uma grande preocupação, docente e dos materiais, para que os textos se aproximassem dos contextos reais de uso, utilizando demasiadamente o trabalho com os gêneros discursivos. Nossa intenção não foi formular caminhos a serem seguidos ou gerar críticas negativas ao trabalho docente, mas sim compreender as inquietações a respeito da produção textual na Alfabetização, motivando novas pesquisas e novos rumos.