O café como tema gerador para oficina de ensino de Química

Nome: KELLY GRACE RIZZI SIQUEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANA NERY FURLAN MENDES Co-orientador
PAULO SÉRGIO DA SILVA PORTO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA NERY FURLAN MENDES Coorientador
KARINA CARVALHO MANCINI Suplente Interno
PAULO ROGERIO GARCEZ DE MOURA Examinador Externo
PAULO SÉRGIO DA SILVA PORTO Orientador
RITA DE CASSIA CRISTOFOLETI Suplente Interno

Resumo: A sociedade, ao longo dos anos, tem vivido transformações em se tratando do modo de ensinar e aprender dos indivíduos. Dessa forma, existe a necessidade de metodologias e estratégias de ensino-aprendizagem que sejam significativas à realidade do aluno. Mesmo deslocada ao seu tempo e propósito, a escola tradicional perdura. Talvez isso se deve a muitos professores não terem conhecimento de como aplicar outro tipo de educação que venha a contemplar as experiências do estudante. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito da utilização de oficinas de ensino desenvolvidas para a contextualização do conteúdo de Química “soluções”, associadas a um tema regional, o café, em uma escola estadual do município de Jaguaré/ES. A escolha do tema “café” se deve ao fato do município ser um dos grandes produtores dessa cultura e este, consequentemente, vinculado à realidade dos alunos. A elaboração das oficinas foi baseada em Marcondes (2008) e Marcondes e colaboradores (2007) e nas orientações metodológica dos “Três Momentos Pedagógicos” (3MP) de Delizoicov e colaboradores (2009). As oficinas tiveram como finalidade a introdução do conteúdo “soluções” aos alunos de uma turma da 2ª série do ensino médio. Foram aplicadas três oficinas com os seguintes temas: Composição química do café; Solubilidade do café; e Concentração do café. A ordem de aplicação foi gradativamente, cujos conceitos apresentados por meio da problematização, construção e aplicação do conhecimento. Durante essas oficinas foram desenvolvidos experimentos empregando-se materiais reciclados, debates, exercícios e trabalhos manuais. A pesquisa, de caráter predominantemente qualitativo, foi desenvolvida utilizando-se instrumentos para coleta dos dados, como: questionário prévio e final, lista de exercícios, produção de texto e as observações da professora-pesquisadora. A partir da produção textual, por meio da análise de conteúdo, obtiveram-se seis categorias em que se destacaram os conceitos e ideias expressas sobre o tema proposto pelas oficinas. Essas categorias são: características químicas do café; definição de uma solução; definições de soluto e solvente; noção de proporção soluto/solvente; abordam noção de afinidade química; e temperatura: fator que afeta a solubilidade. Em termos gerais, houve excelente repercussão quanto ao protagonismo dos alunos durante o processo de ensino-aprendizagem, a interação social e a oportunidade de realizar a conexão prática com a teoria. Conclui-se que a proposta foi aceita, de modo positivo, pelos alunos. Notou-se que o trabalho foi bem-sucedido por proporcionar aos alunos novos conhecimentos, tendo em vista que algumas definições conceituais em nível microscópico e teórico da química não foi assimilado por completo. No entanto, considera-se que as oficinas de ensino envolvendo um tema regional mostrou-se viável em termo de um recurso passível de ser trabalhado. Esse recurso pode ser aplicado nas aulas de química, em uma escola regular do estado, proporcionando não somente dinamismo, mas a máxima participação dos alunos.

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