A Educação Pública Primária Espírito Santense: vestígios da Matemática na formação de professores no período de 1908 a 1960

Nome: ANA CLÁUDIA PEZZIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/12/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MOYSÉS GONÇALVES SIQUEIRA FILHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRESSA CESANA Examinador Externo
LÚCIO SOUZA FASSARELLA Examinador Interno
MARIA ALAYDE ALCANTARA SALIM Suplente Interno
MOYSÉS GONÇALVES SIQUEIRA FILHO Orientador
WAGNER RODRIGUES VALENTE Examinador Externo

Resumo: Analisa o processo de formação de professores primários no Estado do Espírito Santo, no período de 1892 a 1960. Busca compreender como se dava o ensino de Matemática nos cursos de formação ofertados, em geral, pelas Escolas Normais. Utiliza a História Cultural, na perspectiva de Chartier, para esclarecer a trajetória da educação no Estado capixaba, considerando elementos inerentes a esse movimento, como métodos de ensino, avaliação escolar e ação docente. O recorte temporal estabelecido está atrelado a um período de importantes modificações no ensino capixaba, sendo 1892 o ano de criação da primeira Escola Normal do Estado, com destaque para a Reforma Gomes Cardim, iniciada em 1908 pelo então professor paulista Carlos Alberto Gomes Cardim. Na transição da década de 1960 para 1970, as Escolas Normais cederam lugar aos Cursos de Magistério, iniciando-se uma nova etapa na trajetória da formação de professores. Para compreender como surgiram as ideias que culminaram na Reforma Gomes Cardim, fez-se necessário perceber a educação desde o Brasil Império, para assim estabelecer uma contextualização. Em seguida buscou-se verificar a reorganização do ensino iniciada com a República no Brasil e no Estado do Espírito Santo. Como fontes de pesquisa foram utilizadas a legislação oficial do ensino do Brasil e do Estado do Espírito Santo, relatórios encaminhados ao governo pelos seus respectivos secretários de Instrução e/ou Inspetores Escolares, provas escritas realizadas pelos alunos de duas escolas normais capixabas na década de 1930, a Revista de Educação e manuais de ensino, que foram publicações acessíveis ao professorado do Espírito Santo. Apresenta alguns Programas de Ensino de Matemática, estabelecendo contrapontos entre o Ensino Normal e Ensino Primário, os métodos de ensino defendidos à época e distinções previstas para alunos conforme o sexo. Acerca do Ensino de Matemática, identifica que o rigor e os conceitos matemáticos eram priorizados e que não havia preocupação com a interdisciplinaridade entre os campos da Matemática. Verifica que o princípio norteador da formação dos professores primários capixabas, não era “o que ensinar”, mas “como ensinar”, de modo que, as discussões com relação a Métodos de Ensino se alongaram por muitos anos no Estado. Aponta o Estado do Espírito Santo como adepto das medidas educacionais que eram adotadas em São Paulo, considerado como referência em renovação educacional para muitos estados brasileiros. No entanto, o Estado capixaba apresenta dificuldades políticas e econômicas no cumprimento do objetivo de formar professores de acordo com a “modernização” que a Educação Pública almejava.

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