EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL: POSSIBILIDADES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ JÓRIO EM SÃO JOÃO DO MANTENINHA/MG

Nome: WILLIAM VIEIRA CARRIJO

Data de publicação: 06/10/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDREA BRANDAO LOCATELLI Presidente
GELSIMAR JOSÉ MACHADO Examinador Externo
JAIR MIRANDA DE PAIVA Examinador Interno

Resumo: O estudo examinou as relações entre as orientações da Educação em Tempo Integral (ETI) e a produção da prática pedagógica em Educação Física (EF) na Escola Estadual Professor José Jório, indagando em que medida a ampliação de tempos e espaços formativos se converte em experiências de aprendizagem mais qualificadas. A formação integral foi adotada como horizonte orientador, articulando dimensões cognitivas, socioemocionais, culturais e cidadãs e dialogando com diretrizes recentes de política educacional (Brasil, 2024; Nogueira; Carvalho, 2020). No campo da EF, assumiu-se uma perspectiva curricular que trata as práticas corporais como fenômenos socioculturais e aposta em critérios de acesso, participação e progressão para orientar a seleção e a organização das experiências de aprendizagem (Batista; Graça; Estriga, 2024; Betti; Zuliani, 2021). etodologicamente, adotou-se abordagem qualitativa com pesquisa bibliográfica, documental e de campo; a produção de dados envolveu observação direta não participante, questionário e entrevistas semiestruturadas, e a análise seguiu procedimentos de análise de conteúdo e reflexão temática (Tracy, 2020; Braun; Clarke, 2021; Minayo, 2022; Bardin, 2016). Os resultados indicaram um inventário de possibilidades coerentes com a formação integral: uso sistemático de metodologias ativas (aprendizagem baseada em projetos, rotação por estações, aprendizagem cooperativa, tutoria entre pares, estudo de caso e investigação sobre esforço/recuperação), práticas inclusivas orientadas por critérios claros de participação e progressão, integração de tecnologias digitais (aplicativos e instrumentos de monitoramento corporal) e mediações ético-pedagógicas voltadas à convivência democrática e à cultura de paz (Batista; Graça; Estriga, 2024; Brasil, 2024; Betti; Zuliani, 2021). Tais achados sugerem que o tempo ampliado se transforma em aprendizagem ampliada quando há finalidades formativas explícitas, seleção intencional de conteúdos, avaliação formativa e mediação cultural consistente das práticas corporais. Persistem, contudo, gargalos estruturais, como infraestrutura insuficiente, monocultura de modalidades, limitações materiais e compreensões restritas sobre o papel da ETI, que tensionam a pluralização das experiências e demandam políticas de investimento e formação continuada centradas na aprendizagem profissional colaborativa dos docentes (Garcia; Vaillant, 2020; Nogueira; Carvalho, 2020). Conclui-se que a EF na ETI, quando ancorada em projeto pedagógico claro e sustentada por políticas de apoio, amplia repertórios culturais, fortalece vínculos e qualifica os sentidos de aprender e conviver no cotidiano escolar (Brasil, 2024; Betti; Zuliani, 2021).

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