RAÍZES, TAMBORES E FRUTOS: A ESCOLA DE ARTE DO INSTITUTO CULTURAL TAMBOR DE RAIZ, CONCEIÇÃO DA BARRA/ES

Nome: LETICIA GIUBERT BORGHI

Data de publicação: 29/04/2025
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
AILTON PEREIRA MORILA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AILTON PEREIRA MORILA Presidente
EMERSON DE PAULA SILVA Examinador Externo
MARIA ALAYDE ALCANTARA SALIM Examinador Interno

Resumo: Conceição da Barra fica localizada no Norte do Espirito Santo e comporta o território conhecido como Sapê do Norte. Terra de muitas comunidades quilombolas, as pessoas da localidade estão ligadas às práticas culturais ancestrais: o Jongo, Ticumbi, Reis de Boi. Além disso, uma cidade litorânea e banhada pelo rio Cricaré, palco de batalhas pelos povos que formaram essa sociedade, os indígenas, africanos que foram escravizados e portugueses. O trabalho apresenta o estudo sobre a Escola de Arte do Instituto Cultural Tambor de Raiz, analisando as motivações para existir uma escola como essa no município, as razões e o público que ela abrange. Em razão disso, a pesquisa tem face qualitativa, utilizando a escola de arte como fonte de coleta de dados, bem como as histórias de vida de pessoas que fazem parte da Instituição que dão vida à escola. Realizamos de história oral de vida com pessoas que fazem parte das ações do Instituto e história oral temática com os professores da escola segundo os pressupostos de Meihy (2015). Os conceitos importantes para essa pesquisa giram em torno da memória e história, para isso, nos debruçamos em referenciais teóricos Ecléa Bosi (1994), Halbwachs (2003) e Le Goff (1990). Tendo em vista que tratamos de questões de comunidades ancestrais, usamos como suporte Kabelenge Munganga (2004) e Inaicyra dos Santos (2008). A partir dos materiais coletados e da pesquisa estruturada, alguns fatores se mostram importantes nesse estudo. A memória coletiva se forma a partir de interesses em comum, de relações e lembranças (Raizes); a identidade que é formada a partir do reconhecimento entre as pessoas e a transmissão de conhecimentos pelos saberes populares. Esses pilares dão base para esse estudo e também para a formação da Escola de Arte do Instituto Cultural Tambor de Raiz, e não menos importante, a resistência, que permeia todos os âmbitos de formação da escola. Resistência essa que é histórica na região, simbolizada pela gramínea Sapê e pelos Tambores, na luta contínua contra o apagamento cultural e a apropriação territorial, contextualizando a Escola de Artes (Frutos) como um espaço de resistência e construção de identidade.

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