EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA EM LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO DOS CURSOS TÉCNICOS DO IFES – CAMPUS MONTANHA: UM ESTUDO PELO VIÉS DOS MULTILETRAMENTOS
Nome: MAIKE DOS SANTOS SILVA
Data de publicação: 22/08/2022
Banca:
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Papel |
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ELIANE GONCALVES DA COSTA | Examinador Interno |
MICHELLE SOARES PINHEIRO | Examinador Externo |
Resumo: Esta pesquisa busca, à luz dos estudos dos Multiletramentos, investigar como ocorre o ensino da Língua Inglesa no Ifes - Campus Montanha, a partir de uma entrevista por meio de questionário (Apêndice A) e roda de conversa com os alunos participantes do primeiro ano, como também das análises dos textos dispostos em documentos tais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (OCEM), especificadamente o ensino de Línguas Estrangeiras, e o Projeto Pedagógico dos Cursos Técnicos (PPC) do referido Campus, seguidas da leitura de pesquisas e referenciais teóricos como aportes para uma educação linguística numa perspectiva crítica baseada nos letramentos. Para tanto, recorremos aos estudos dos Multiletramentos, letramento crítico, a partir das reflexões de New London Group (1996); Cope & Kalantzis (2006); Ferraz (2015); Duboc (2015), Menezes de Souza (2019), entre outros autores. Face aos resultados das análises dos documentos institucionais, compreendeu-se que as OCEM (2006) indicam uma concepção de linguagem voltada para a prática social e não mais focada quase que exclusivamente na estrutura linguística, a fim de que ela seja concebida de forma interativa e socioculturalmente contextualizada. Já a BNCC (2017) apresenta uma perspectiva para o ensino de língua que acredita em potencializar a formação do indivíduo em todos os contextos, contudo, ao estar centrada no desenvolvimento de competências, habilidades acaba valorizando uma visão mercadológica e formação humana voltada para individualidade e não a coletividade. O PPC (2017) por ainda valorizar um ensino linguístico estrutural e mecânico vai de encontro à concepção de linguagem proposta pelas OCEM. A análise dos dados produzidos in loco mostrou que o ensino linguístico quando ocorre embasado numa forma singular e formal da língua, concebendo ao aprendiz somente a capacidade e a habilidade de “dominar” a escrita e leitura, tende a reproduzir a ideia de que exista um único modo de representação e assimilação da língua. No entanto, quando associada à “prática situada”, à realidade dos aprendizes, ela passa a ser reflexo daquilo que está presente no seu cotidiano.