LITERATURA AFRO-BRASILEIRA PARA CRIANÇAS: OS MUNDOS DE TAYÓ E LUKENYA
Nome: MARCELA MORAIS DAL FIOR
Data de publicação: 28/09/0221
Banca:
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Papel |
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GUSTAVO HENRIQUE ARAÚJO FORDE | Examinador Externo |
JAIR MIRANDA DE PAIVA | Examinador Interno |
MIRIAM SUMICA CARNEIRO REIS | Examinador Externo |
Resumo: Nossa pesquisa tem por objetivo analisar como a literatura afro-brasileira para crianças contribui para a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER), de maneira a potencializar uma nova relação de pertencimento identitário. Buscamos contribuir para novas leituras e percepções sobre literatura afro-brasileira para crianças, bem como proporcionar outras formas de vincularmos literatura e ERER, apontando para a importância da construção de uma educação literária antirracista desde a infância. Sabemos que a literatura possui uma dimensão humanizadora e que esta pode possibilitar a construção de uma educação antirracista. Assim, realizamos uma análise literária com obras de escritoras negras, voltadas para o público infantil: Kiusam de Oliveira com “O Mundo no Black Power de Tayó” (2013) e Odara Dèlé com “Lukenya e seu Poder Poderoso” (2019), escritas posteriormente à promulgação da Lei 10.639/2003. Pautamo-nos teoricamente pelas reflexões propostas por Antônio Candido (2017) para falarmos das relações entre literatura e sociedade; Eduardo de Assis Duarte (2010) a fim de dialogarmos sobre o lugar da literatura afro-brasileira. Nos fundamentamos em Regina Zilberman (2003) para pensarmos sobre a literatura infantil. Para as discussões acerca do pertencimento identitário, educação das relações étnico-raciais, tomamos por base os textos de Nilma Lino Gomes (2005) e Eliane Cavalleiro (2018). Ressaltamos a importância de esses enredos serem lidos para, e por todas as crianças, bem como a relevância em compor os acervos das salas de aula e bibliotecas escolares, visto que a literatura expressa nossa existência cultural, artística, política e social e, quando unida com as questões étnico-raciais,amplia a possibilidade de compreendermos a nossa condição humana