E O PULSO AINDA PULSA”: DA TEORIA CRÍTICA ÀS EXPERIÊNCIAS DA ARTE NA EDUCAÇÃO.

Nome: ELLEN ZOUAIN

Data de publicação: 16/06/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AILTON PEREIRA MORILA Presidente
ELIANE GONÇALVES DA COSTA Examinador Interno
JORGE LUIS VERLY BARBOSA Examinador Externo

Resumo: Este estudo busca analisar o papel da arte na sociedade atual a partir de conceitos chaves construídos por Hebert Marcuse: A fantasia/imaginação, e sua fundamentação por meio dos princípios de prazer, realidade e desempenho; O papel da arte, e o surgir da possibilidade de vislumbrar o entrelace entre os universos de compreensão e percepção, subjetivos e objetivos que ocorre quando a fantasia ganha forma; A Grande Recusa que se estende enquanto uma noção de “ato radical” que se concretiza em contraponto ao modelo social estabelecido; a Nova Sensibilidade, que dialoga em nossa temática por ser uma percepção de recusa ao sistema de valores que dá suporte ao sistema social vigente e por fim o Tempo Livre, em conjunto com as ideias de Theodor Adorno, que nos esclarece um pouco mais acerca da forma como direcionamos nosso tempo e a percepção dele para com a sociedade, a arte e à própria subjetividade. Com base no material teórico, o objetivo deste estudo foi investigar a unidimensionalidade da sociedade no processo de criação artística (roteiro teatral) de estudantes da educação básica de ensino, na cidade de São Mateus, norte do Espírito Santo. Para tal, a metodologia utilizada foi uma investigação participativa, realizada com base na oferta de uma oficina de prática teatral, sendo realizada com alunos das séries finais do ensino fundamental. A partir da análise dos roteiros produzidos, bem como das respostas dos alunos ao questionário de inscrição, observou-se que, mesmo ao criarem uma trama que enfrenta problemas e temáticas delicadas, os alunos que participaram da oficina se viram alocados dentro da lógica unidimensional. Tal constatação nos possibilitou perceber a ação do papel da arte em nossa sociedade, que, com base na teoria marcuseana, não é capaz de libertar o indivíduo e sua consciência, porém, possui um papel imprescindível de permitir que ele se identifique, e até mesmo vislumbre, a possibilidade de experenciar seu estágio de não liberdade.

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