O FAZER TRAMÁTICO NA DESENFORMAÇÃO DOCENTE:
EXPERIÊNCIAS EM ARTES E EDUCAÇÃO

Nome: ROBERTA MORATORI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/12/2020
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
AILTON PEREIRA MORILA Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
GESSÉ ALMEIDA ARAÚJO Examinador Externo
LEANDRO GAFFO Examinador Externo
ANDREA BRANDÃO LOCATELLI Examinador Interno
AILTON PEREIRA MORILA Orientador

Resumo: O presente trabalho dissertativo, ao caminhar em direção aos sentidos na-da formação docente, encontra em descaminhos a possibilidade de fazer sentido através de uma práxis da desenformação docente, sobretudo dos docentes das-nas artes. O desenformar enquanto tirar da fôrma no desinformar convocando os sentidos em experimentações artísticas dialógicas e colaborativas na perspectiva de ficcionar o real para poder pensá-lo, busca trazer funcionamento ao hífen da aprendizagem- ensino, da prática-teoria, da forma-conteúdo, do sensível-inteligível, conferindo o movimento em tempo-espaço necessário ao conhecer, para poder ignorar. Os princípios da práxis da desenformação estão no experienciar do intuir, no experimentar do improvisar, no narrar do recordar, do inventar, da experiência, no traduzir poeticamente da atenção que associa, dissocia, relaciona, em despojamento, perseverança, trabalho, estranhamentos, contradições, no dar a ver, pensar, dizer e fazer. Como entremeio, abordagem metodológica, para o desenformar está o Fazer Tramático, uma práxis pedagógica teatral, que na desenformação é tramado com base nas experiências do sensível e é ampliado às experimentações em distintas linguagens artísticas em processos de criações colaborativas. Os fios fundamentais para a tessitura das tramas dos princípios do desenformar e dos princípios do Fazer Tramático são dados por Jacques Rancière, João-Francisco Duarte Júnior e Bertolt Brecht. Na investigação da medida e do modo de uma práxis da desenformação docente foram realizados dois cursos de extensão universitários. Um para discentes dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Artes e suas Tecnologias no campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia aberto à comunidade de docentes das-nas artes da cidade de Teixeira de Freitas e região, e o outro para os discentes do curso de Pedagogia no campus São Mateus da Universidade Federal do Espírito Santo. A análise interpretativa dos registros de ambos os cursos em transcrições e diários de bordo dos participantes sinalizam para a possibilidade da desenformação, enquanto despertar para a ação, para um conscientizar do desenformar permanente, indicam também que o melhor tempo-espaço para o iniciar do processo de desenformar é na em-formação, e que o pior enformar está nas crenças arraigadas e na alienação do mundo do trabalho.

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