O Ensino de Filosofia como Problema Filosófico

Resumo: A filosofia, tornada obrigatória no Ensino Médio através da Lei nº 11.684, de 2008, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), tem percorrido um longo caminho, do ponto de vista de sua existência curricular e de seus conteúdos, desde a República até nossos dias. De sua versão eminentemente tomista ou fenomenológica, passando pelo viés cientificista ou pela vertente marxista, até as acepções da filosofia como arqueo-genealogia ou do desejo, temos uma grande espectro sob o qual mirar as possibilidades de análise da filosofia em sua relação com o ensino em nosso meio (SEVERINO, 2001).

No que se refere à Filosofia na Educação Básica, investigar tal área constitui tarefa desafiadora e necessária, visto que a implantação da Filosofia na Educação Básica historicamente é marcada por elipses, recuos e tergiversações (ALVES, 2002). Por outro lado, não é pacífica a afirmação de que a educação se coaduna ou ‘receba’ naturalmente a filosofia, visto que, desde Sócrates, são tensas as relações entre o filósofo e a Cidade ou o Estado e, por extensão, a escola (MERLEAU-PONTY, s.d.; CERLETTI, 2002; GALLO, 2003).

Assim, o principal objetivo desta pesquisa refere-se à investigação da filosofia como campo de conhecimento e dos fundamentos da educação filosófica, para isso remetendo-nos a textos clássicos e de autores contemporâneos que têm vindo a pesquisar a interface filosofia/ensino/educação (CERLETTI, 2009; DELEUZE-GUATTARI, 1992; GALLO, 2003; KOHAN, 2003, 2004, 2009, LIPMAN, 1990, 1994; PLATÃO, 1991; LORIERI, 2004; RANCIÈRE, 2004; SEVERINO, 2001), entre outros.

Data de início: 06/06/2013
Prazo (meses): 24

Participantes:

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Coordenador JAIR MIRANDA DE PAIVA
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